Filme do dia (78/2021) - "Os Zumbis de Sugar Hill", de Paul Maslansky, 1974 - Após o assassinato de seu amado, Diana "Sugar" Hill (Marki Bey) promete vingança. Para tanto, contará com a ajuda de uma feiticeira vodu, Mama Maitresse (Zara Cully), e de uma entidade sobrenatural chamada Barão Samedi (Don Pedro Colley).
Este icônico filme "Blaxpoitation" traz, mais uma vez, a ligação entre as práticas vodus e os zumbis. Aqui, os mortos-vivos formarão um pequeno "exército" que reclamará a morte do noivo da decidida Diana "Sugar" Hill pelas mãos de um gangster e não perdoará nenhum dos criminosos envolvidos. A obra é menos um filme de terror do que uma história de vingança - e, de maneira bem curiosa, o espectador torce pelo "time" dos zumbis. A produção é muito típica da década de 70 - figurinos, maquiagem e cabelos não nos deixam esquecer que é uma obra setentista, assim como os célebres "zooms" nas cenas, muito em voga naquela época, além das cenas de luta muito "fakes" (quem assistiu "Meu Nome é Dolemite", 2019, deve lembrar bem do que eu estou falando). Adorei a estética dos zumbis do filme, com seus olhos metálicos e bem menos "descarnados" que as criações mais recentes destas criaturas. A narrativa é linear e o ritmo é ágil e bem marcado. Não é uma obra que crie "climão" - a atmosfera não é tensa em momento algum. A personagem "Sugar" Hill tem um quê de Beatrix Kiddo ("Kill Bill", 2003) pela sua gana de vingança e determinação. Mas, quem rouba a cena, na minha opinião, é a entidade "Barão" Samedi, uma espécie de feiticeiro do além que detém o controle dos mortos-vivos e tem um humor bem sarcástico, deliciosamente interpretado por Don Pedro Colley. O filme é muuuuuuito bacana e muito diferente do usual para histórias de zumbis. "Blaxploitation" de primeira! Recomendo.
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