"Para Sempre Lilya", de Lukas Moodysson, 2002
- hikafigueiredo
- 11 de set. de 2019
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Filme do dia (142/2015) - "Para Sempre Lilya", de Lukas Moodysson, 2002 - Lilya (Oksana Akinshina) é uma garota de 16 anos que mora em um bairro pobre em um local qualquer na Rússia. Sua mãe migra para os EUA com o novo namorado, abandonando a jovem à própria sorte. Junto com seu único amigo, o igualmente desafortunado Volodja (Artyom Bogucharsky), Lilya tenta sobreviver num mundo terrivelmente hostil.

Neste filme sueco, temos o melhor (ou seria pior?) retrato do "mundo cão" em que vivemos. Os personagens Lilya e Volodja passam por toda a sorte de desgraças, abandonos e traições possíveis. São abandonados pelos familiares e pelos "amigos", passam fome, frio, são rechaçados e humilhados de todos os jeitos que se possa imaginar. Volodja, mais escolado apesar de ser mais novo que Lilya, já não crê muito no ser humano, o que lhe proporciona alguma proteção. Mas Lilya, ingênua e esperançosa, acredita que as coisas podem mudar e acaba por sofrer ainda mais que o amigo. O filme é muito bom, mas é daqueles que te tiram qualquer crença na humanidade e, para os mais sensíveis, vai significar litros de água a menos no corpo. Triste, triste, triste. Os atores estão ótimos em seus personagens e, sério, cortam o coração. A fotografia do filme acompanha o clima e é cinzenta, fria, transmite todo o vazio dos personagens. A trilha sonora tem músicas legais, acima da média (muita música clássica e pelo menos um rock pesado - Rammstein -, muito bom!). Aconselho muito o filme, mas aviso que é uma porrada no estômago (e agora preciso ver alguma coisa bem alegrinha para compensar!!!!)
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