Filme do dia (241/2017) - "Passageiros", de Morten Tyldum, 2016 - Em uma data incerta no futuro, a humanidade desenvolve tecnologia que permite longas viagens espaciais, ocasião em que os ocupantes das naves permanecem em hibernação durante o trajeto até seus destinos. O que aconteceria se, por uma falha técnica, a cápsula de hibernação abrisse antes da hora?
Ficção científica com uma boa dose de drama, o filme discorre sobre solidão, expectativas e responsabilidade acerca de escolhas e ações. No entanto, apesar de tocar em questões sérias e importantes, não espere profundidade no tratamento dos assuntos, pois a obra é evidentemente para puro entretenimento, o quer faz com certa competência. Achei que sentiria certa dose de claustrofobia durante o filme, mas não cheguei a tanto, apesar de admitir alguma agonia com a situação. Acredito que o argumento do filme é bastante interessante, mas poderia ter sido desenvolvido melhor - o velho problema dos filmes comerciais hollywoodianos e sua incrível capacidade de serem previsíveis. Mas tirando o fato de tudo ser bem previsível, a história se desenrola a contento, consegue causar tensão e, no mínimo, agrada aos olhos, já que a ambientação futurística é bacana e os efeitos especiais são muito bem feitos. O elenco é composto por Chris Pratt e Jennifer Lawrence - ela se sai muito melhor que ele em papeis dramáticos - além de uma ponta de Laurence Fishburne (por quem tenho imensa simpatia). A obra é daquelas facilmente consumíveis e mais facilmente ainda esquecíveis... não chega a ser ruim, mas também não vai marcar a memória. Se for para recomendar, recomendo para quem gosta muito do gênero ou é fã dos atores envolvidos.
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