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hikafigueiredo

“Projeto X”, de William Castle, 1968

Filme do dia (95/2023) – “Projeto X”, de William Castle, 1968. EUA, ano 2118. Um agente secreto que recém retornara de uma missão é colocado em suspensão por criogenia, mas, após alguns dias, têm de ser descriogenizado, pois em sua mente guarda uma importante informação que poderá evitar o colapso do Ocidente.





*Suspiro* Não sei nem por onde começar... rs... Neste filme de ficção científica e espionagem, temos um mundo futurista onde o Ocidente, comandado pelos EUA, contrapõe-se à “Sino-Ásia”. O planeta, enfrenta uma série de desafios, dentre os quais a superpopulação. Muito embora o poderio nuclear das duas superpotências seja gigantesco, ninguém mais acredita que qualquer delas faça uso de suas armas para subjugar sua oponente, pois isso seria a destruição de ambas. No entanto, outras armas são desenvolvidas – como as biológicas – buscando meios de dominar a superpotência inimiga. Neste panorama, um espião dos EUA recém retornado de uma missão na Sino-Ásia, mas cuja memória fora apagada, fica sob a observação de pesquisadores, que precisam achar um meio de recuperar as informações perdidas no seu subconsciente. Para tanto, é criado um “teatro” e uma nova matriz de personalidade para o espião que, sem saber, passa a ter seus sonhos monitorados pelos cientistas. A narrativa toca em alguns temas presentes nos idos de 1960, como o surgimento e crescimento de uma China comunista, vista como uma grande ameaça ao Ocidente, inclusive pelo tamanho de sua população. São inseridos, ainda, temas relacionados ao desenvolvimento tecnológico, como a criogenia, a engenharia genética e o surgimento de armas químicas e biológicas. Mas, o que realmente marca a obra, são as infinitas tecnologias fantasiosas imaginadas ao longo da história como a manipulação das mentes e memórias, a visualização holográfica do subconsciente, a possibilidade de dar “reset” nas lembranças de alguém e de fornecer uma nova “matriz” de personalidade a esta pessoa – tudo, no fundo, bastante assustador, uma vez que significaria o total controle dos indivíduos pelo Estado (o “Grande Irmão” curtiu isso). Na real, quem imaginou toda a história devia abusar de substâncias psicoativas, pois a narrativa ultrapassa a criatividade e adentra pelo terreno da bizarrice e psicodelia. E não só pela temática – formalmente a obra também envereda por imagens que avançam, e muito, sobre o onírico, a fantasia e o subconsciente. As cenas em que há as imagens holográficas das lembranças do espião parecem uma bad trip de ácido lisérgico. Admito que o filme é tão “viajante” que tive certa dificuldade em entender todos os seus meandros – demorei a entender o que eles queriam dizer com memórias holográficas, até elas saltarem da tela. A narrativa é imbricada, confusa, e não me envolveu. Foi um filme que me deu profunda “preguiça”, inclusive de escrever sobre ele...

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