Filme do dia (171/2021) - "Quando Descem as Sombras", de William Castle, 1964 - O milionário Howard Trent (Hayden Rorke) encontra-se enciumado por sua mulher Irene (Barbara Stanwyck) estar tendo sonhos com outro homem. Quando ele morre em um estranho acidente, os sonhos de Irene tornam-se ainda mais reais.
Nhé. O filme é um thriller que joga com as ideias de sonho e realidade. Como Irene, o espectador também fica em dúvida acerca do que está no terreno do sonho e o que acontece realmente, uma vez que a narrativa segue sob o ponto de vista desta personagem. O argumento em si não é ruim e já rendeu bons filmes. O problema é que, no desfecho, quando os limites entre os dois extremos ficam claros, a gente percebe uns "furos" na história que nem com muito boa vontade dá para serem preenchidos. É uma pena, porque a narrativa desenvolve-se de uma forma bastante interessante até o final, quando desanda por não "fechar". A narrativa começa com um prólogo esquisito, mas suficientemente sombrio para "preparar o terreno" para o que virá. O tempo é cronológico e o ritmo moderado a marcado, com leve aceleração ao final. A atmosfera é tensa, dúbia e onírica - constantemente nos questionamos se o que está acontecendo é real ou um sonho de Irene. Destaque para a cena do casamento, a mais estranha e perturbadora de toda a narrativa. No elenco, Barbara Stanwick interpreta Irene e poderia ser alçada a "scream queen" da década pelo filme; Robert Taylor interpreta o advogado Barry; Judi Meredith interpreta Joyce; e Lloyd Bochner o estranho homem nos sonhos. Eu estava curtindo o filme até o finalzinho; quando acabou, ficou um gosto amargo de embuste. Não recomendo não, tem filme muito melhor por aí.
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