"Scanners - Sua Mente Pode Destruir", de David Cronenberg, 1981

Filme do dia (133/2021) - "Scanners - Sua Mente Pode Destruir", de David Cronenberg, 1981 - Cameron Vale (Stephen Lack) é um indigente perturbado pelos "sons" na sua cabeça. Após um incidente, ele é descoberto pelo cientista Paul Ruth (Patrick McGoohan), que pesquisa os "scanners", pessoas com a capacidade de ler e influenciar mentes, caso de Cameron, o qual recebe a tarefa de localizar um poderoso "scanner" - Darryl Revok (Michael Ironside).

Velho conhecido meu, o filme é um instigante "sci-fi" que flerta levemente com o terror. A história trata de um cientista que estuda pessoas com poderes telepáticos, dentre os quais alguns com intenções não muito pacíficas. No final das contas, temos, na história, a velha luta do bem contra o mal na figura de Cameron e Darryl, respectivamente. A narrativa é cronológica, em ritmo intenso e atmosfera tensa. Como bom filme do Cronenberg, tem umas esquisitices e umas nojeiras, como cabeças que explodem e rostos que se despedaçam, algo já esperado para o diretor. Temos aqui, novamente, uma discussão implícita acerca do mau uso da ciência e do conhecimento, bem como a questão da ética na pesquisa científica e no aproveitamento de seus resultados. O filme tem efeitos especiais surpreendentemente consistentes, que não chegam a fazer feio mesmo após quarenta anos da sua produção. O elenco é composto por Stephen Lack como Cameron, razoável, apesar de algumas cenas meio overacting, em especial nas cenas em que está usando seus poderes telepáticos; Michael Ironside, um ator de quem gosto bastante, talvez por me lembrar muito o Jack Nicholson fisicamente, numa atuação melhor do que Stephen Lack, como o vilaõ Darryl; Jennifer O'Neill interpreta Kim Obrist e Patrick McGoohan faz o personagem Dr. Ruth, ambos bem, mas nada de excepcional. Eu sou suspeita para falar deste filme porque eu o adoro desde a adolescência e o acho um dos melhores filmes sobre telepatia que existe. Divertidíssimo. Recomendo.