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hikafigueiredo

"Sorria", de Parker Finn, 2022

Filme do dia (129/2022) - "Sorria", de Parker Finn, 2022 - Rose Cotter (Sosie Bacon) é uma psiquiatra que atende na emergência de um grande hospital. Certo dia chega ao local a jovem Laura Weaver (Caitlin Stasey) que alega estar sendo perseguida por uma entidade e, sem qualquer aviso prévio, suicida-se em frente à psiquiatra. Após o choque, Rose começa a ter estranhas visões, fazendo com que comece a se questionar acerca da história contada por Laura.





Apesar do mote ser interessante - um sorriso pode ser diabólico e assustador, sem dúvida - o filme é um grande amontoado de clichês e pouquíssima coisa se salva nele. A ideia de uma maldição (ou qualquer coisa que o valha) que passa de uma pessoa a outra já havia sido explorado por um sem número de filmes, como "O Chamado" (2002), "O Grito" (2004) e "Corrente do Mal" (2014) só para citar os mais famosos, e não traz qualquer novidade. Além disso , a obra traz quase todos os "maneirismos" dos filmes de terror recentes - acho que só não teve a musiquinha infantil macabra - como, por exemplo, a incredulidade de todos, as mortes intermediárias e, lógico, as 546790 cenas de "jumpscare". É evidente que, diante de tanto clichê, o filme acaba sendo extremamente previsível - fui "cantando" a bola desde a primeira cena e, de boas, não errei nenhuma das previsões. Mas, graças a Deus, o filme não teve só erros e algumas coisas até salvaram-no do fiasco absoluto. A qualidade técnica do filme é bastante boa - a fotografia é bem feita e nem a repetição das cenas em que a imagem fica "de ponta-cabeça" (virou febre esse tipo de cena) estragam o efeito geral; a edição de som também é bem acima da média e os "jumpscare" sonoros funcionam super bem; os efeitos especiais também são ótimos e não são utilizados em excesso; e o elenco, se não é extraordinário, também não faz feio, com destaque para Sosie Bacon como Rose - a transformação da personagem de pessoa saudável a alguém totalmente colapsado é bem gradual e convincente; Kyle Gallner interpreta o personagem Joel, o ex-namorado de Rose, também bem no papel; Jessie T. Usher faz o personagem Trevor - eu gostei do ator, mas achei o personagem muito mal construído, um desperdício; Robin Weigert interpreta a Dra. Madeline; gostei demais da expressividade de Caitlin Stasey como Laura - ela definitivamente sabe fazer um sorriso assustador!!! Ah, a produção se esforçou para fazer um elenco bem variado e representativo - temos brancos, negros e latinos, mostrando que finalmente Hollywood começa a dar espaço para outras etnias. Bom... o filme é fracão e se torna ainda mais fraco se o espectador tiver "muita quilometragem" em filmes de terror. Mas tem piores, por isso só vou me abster de recomendar.

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