Filme do dia (254/2018) - "The Post - A Guerra Secreta", de Steven Spielberg, 2017 - EUA, 1971. Em plena Guerra do Vietnã, os jornais norte-americanos, dentre os quais o The Washington Post, precisam decidir se publicam um documento ultrasecreto que poderá abalar o governo do país.
"Leio" esta obra sob dois aspectos complementares: de um lado, a lógica e os valores envolvidos, a questão da liberdade de imprensa e o objetivo desta informar os leitores sem estar vinculada politicamente com os detentores do poder, a valorização do jornalismo investigativo e a tentativa de informar com imparcialidade (sei que isso é impossível, qualquer informação está sempre imbuída de alguma visão política, mas acho dá para tentar minimizar o efeito desta visão no resultado final da matéria). Por este aspecto, o filme é interessante, pois mostra como a competição entre os diversos meios de comunicação (no caso, jornais norte americanos) e a busca por uma maior fatia do mercado, fez com que o The Washington Post arriscasse "seu pescoço" para publicar uma matéria que foi essencial para fazer com que a população dos EUA aumentasse sua pressão sobre o governo acabar com a Guerra do Vietnã. De outro lado, sob o aspecto cinematográfico, achei o filme convencional, arrastado e só ganhou alguma força nos últimos trinta minutos. Sob esta ótica e levando em consideração o tema, achei o filme bastante inferior à "Spotlight" (Thomas McCarty, 2015), que me prendeu desde o início e que focou mais na investigação jornalística em si do que nos bastidores políticos, repletos de nomes desconhecidos para mim. Se me perguntarem se gostei desta obra, vou ter de pensar alguns minutos para decidir, motivo pelo qual acho que não. Não chega a ser um filme ruim, ele só é excessivamente quadrado e... chatinho. Também o achei completamente desprovido de emoção, ele é... hospitalar!!! Formalmente é correto, sem qualquer arroubo de criatividade e sem destaques. No elenco, um Tom Hanks e uma Meryl Streep padronizados, sem grandes inspirações, quase sem graça e sabor (e olha que gosto demais de ambos). É.... achei meio nhééé...
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