Filme do dia (78/2020) - "Um Contratempo", de Oriol Paulo, 2016 - Adrian (Mario Casas) acorda em um quarto de hotel, sem se lembrar de nada do que aconteceu ali. No mesmo quarto está sua amante Laura (Bárbara Lennie), morta. Adrian contrata os serviços da advogada criminalista Virginia Goodman (Ana Wagener) e, juntos, tentam decifrar o mistério acerca dos fatos.
Neste thriller bem acima da média, temos uma brincadeira de gato e rato entre a advogada e o cliente e pelo menos duas "reviravoltas" na narrativa. O espectador acompanha o xadrez que tenta decifrar os enigmas da história e, a todo momento, é surpreendido por um "plot twist" diferente, em maior ou menor grau. Okay que nem todas as reviravoltas são surpreendentes - algumas são facilmente intuídas por quem já tem alguma quilometragem em filmes de suspense o que é o meu caso, mas, certamente, algumas delas vão pegar o público em cheio. É bom assistir com atenção redobrada, pois há a possibilidade de o espectador se perder em meio a tantas informações (e daí ferrou, não vai entender mais nada). A narrativa alterna diferentes tempos cronológicos e, inclusive, torna a passar duas ou três vezes pelas mesmas cenas para acompanhar diferentes versões dos fatos. É uma obra inteligente e instigante. Além do roteiro excelente, o filme conta com as ótimas atuações de Mario Casas (você vai odiar e simpatizar com o personagem Adrian, dependendo do trecho da história em que você estiver); Bárbara Lennie (idem) e Ana Wagener (que interpreta a advogada "badass" contratada por Adrian para defendê-lo e que "joga" com o cliente o tempo todo para prepará-lo para a audiência). O filme é muito bom, curti bastante e recomendo.
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