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"Uma Galinha no Vento", de Yasujiro Ozu, 1948

  • hikafigueiredo
  • 10 de fev. de 2020
  • 1 min de leitura

Filme do dia (61/2020) - "Uma Galinha no Vento", de Yasujiro Ozu, 1948 - Sem seu marido, que ainda não havia retornado da guerra, e com o filho muito doente, Tokiko (Kinuyo Tanaka) se viu obrigada a se prostituir por uma única noite. Sua conduta terá terríveis consequências.





Admito que essa foi uma obra que me irritou profundamente. Aos olhos de uma ocidental, o nível de submissão da mulher japonesa de então - espero que não seja assim ainda hoje -, é algo que traz desconforto e indignação. Não que não existam mulheres submissas no ocidente - ô, se tem -, mas no Japão daquele tempo era nitidamente uma postura cultural, era o esperado para qualquer mulher. E o que se vê, no filme, é um festival de machismo, injustiça, fragilidade do ego masculino e muita crueldade. Fiquei tão incomodada com a obra que mal consegui prestar atenção nos detalhes dela. O que posso afirmar é que o filme segue o estilo habitual de Ozu - temática acerca da família e da sociedade japonesas, ritmo muito lento, pausas contemplativas entre as cenas. Por qualquer motivo, a fotografia desta obra é mais "flua", menos nítida que dos demais filmes do diretor e menor contratada (normalmente é pouco contratada, mas aqui o contraste é ainda mais sutil). Um ponto positivo do filme é a presença da atriz Kinuyo Tanaka, como sempre muito expressiva (e, como quase sempre, muito "sofrida"). No papel de Shuichi, o marido, um ator que eu ainda não conhecia, Shuji Sano e que não me causou grande impacto. Não gostei do filme, mas obviamente por motivos pessoais.

 
 
 

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