Filme do dia (38/2016) - "Viva Zapata !", de Elia Kazan, 1952 - 1909, México. Os povos indígenas que viviam da agricultura da região de Morelos são expulsos de suas terras por latifundiários do lugar. Percebendo que o Presidente do país nada faria para reverter o ocorrido, eles formam um exército e passam a lutar por seus direitos, liderados por Emiliano Zapata (Marlon Brando).
Apesar da obra ultra romancear o personagem histórico real Emiliano Zapata, transformando-o quase num virtuoso e impoluto super herói, não deixa de ser surpreendente que Hollywood - logo, os EUA - tenham voltado seus olhos para essa figura revolucionária e defensora da reforma agrária. O filme acompanha a trajetória de Zapata desde que desponta como líder das ações reivindicatórias dos indígenas até ser assassinado já como general do exército de Morelos. O filme é bom, como já se esperaria de uma obra de Elia Kazan, mas admito que não caí de amores por ele, tendo ficado um pouco entediada com toda a movimentação política mexicana (é um tal de um grupo subir ao poder e logo em seguida ser derrubado por outro grupo político e assim sucessivamente).Evidente que Marlon Brando está ótimo no papel de Zapata, mas Anthony Quinn rouba um pouco a cena no papel de Eufemio, irmão de Emiliano, tanto que ganhou o Oscar de Ator Coadjuvante por sua interpretação. A fotografia P&B bem contrastada chama a atenção. A direção de arte é bastante boa, mas.... o que foi a maquiagem do Marlon Brando? Na tentativa de deixá-lo com feições indígenas, fizeram algum raio de maquiagem nos olhos dele que, por Deus, deixou-o assustador e, em algumas cenas, até meio deformado, com um olhar de peixe! Além disso, o bigode falso não convence!!!!! Em suma, a caracterização do personagem deixou um pouco (ou muito) a desejar... De resto, não tenho reclamações e, numa visita futura, pode até ser que eu goste mais do filme. Ainda assim, recomendo.
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