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“Zoom”, de Pedro Morelli, 2015

hikafigueiredo

Filme do dia (118/2024) – “Zoom”, de Pedro Morelli, 2015 – Michelle (Mariana Ximenes) é uma modelo brasileira que abandona o namorado no Canadá para voltar ao Brasil no intuito de terminar um livro que está escrevendo; Emma (Alison Pill) é uma cartunista que trabalha em uma fábrica de bonecas infláveis hiper-realistas e sonha colocar próteses nos seios; e Edward Deacon (Gael Garcia Bernal) é um diretor de cinema que pretende abandonar os filmes de ação para dirigir uma história mais humana e sensível.




 

Nessa divertida produção Brasil-Canadá, acompanhamos três histórias interligadas através da arte e criatividade dos personagens: Michelle, a modelo brasileira, está escrevendo um livro em que a personagem é Emma, a cartunista, a qual desenho um quadrinho sobre Edward, o cineasta, que, por sua vez, dirige um filme sobre Michelle. Cada “flash” criativo de qualquer deles vai incidir diretamente na história dos demais, inclusive, indiretamente, sobre a do próprio autor do movimento inicial. As histórias discorrem sobre o processo criativo, mas, também, sobre a imagem que as pessoas esperam passar de si mesmas, a objetificação das pessoas, a importância que se dá para a opinião alheia sobre nós, inseguranças sobre as próprias potencialidades e o quanto estamos imersos em um mundo de aparências. Evidente que o filme é do tipo “mindfuck” por conta da interligação das histórias e que o desfecho não será fechado e decisivo, o que pode desagradar parte do público. Caracterizada como uma comédia dramática, a obra ainda mistura animação e “live action”, com um resultado muito interessante e divertido. A narrativa é parcialmente linear, já que cada “autor” tem o poder de alterar o rumo já traçado de seu “personagem”, reescrevendo sua história. O ritmo da narrativa é ágil e crescente. A atmosfera é leve e descontraída, por vezes picante, com algumas passagens mais tensas. O elenco traz Mariana Ximenes como Michelle e Alison Pill como Emma, ambas ótimas, e Gael Garcia Bernal como a voz de Edward, já que ele não aparece fisicamente em momento algum, mas, sim, como quadrinhos. Jason Priestley interpreta o namorado americano de Michelle. O filme é bem criativo e divertido e seu final “aberto” não me incomodou minimamente. Eu gostei e recomendo para momentos em que não se quer ver algo muito profundo. Lógico que não está disponível em streaming, somente em torrent e mídia física.

 
 
 

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